quinta-feira, 21 de junho de 2012

NEGÓCIOS INCLUSIVOS

“Ainda não apareceu o Gandhi da sustentabilidade nem o Mandela da biodiversidade.
Não apareceu nenhum Martin Luther King para a mudança do clima.
Mas para tais questões, não basta um no mundo.
 Tem que ter aos milhões, em todas as atividades.”
-- Fernando Almeida --
Presidente executivo do CEBDS


Se você tem mais de 30 anos, irá se lembrar do início do processo de globalização vivido nas décadas finais do século XX quando grandes mudanças ocorreram no mundo do trabalho, por conta de alterações nos processos produtivos, nas tecnologias e nas relações de trabalho, provocadas pelas novas formas de organização dos mercados globais.
Desemprego, trabalho precário, informalidade, terceirização e transferência de setores e empresas para países e regiões com menores gastos e menos direitos trabalhistas passaram a representar riscos para o trabalho decente e a geração de empregos formais. Entretanto, a construção de uma sociedade fundamentada no empreendedorismo, na valorização do capital intelectual, na liberdade e na justiça não pode manter a situação dos "sem emprego".
O caminho do desenvolvimento sustentável deve estar focado na promoção de condições de trabalho e renda para todos bem como na geração de protagonismo nos territórios, na valorização da cultura e no fomento a uma economia verde que contemple as questões econômicas, ambientais e sociais. Para se atingir o equilíbrio entre a geração de trabalho, empreendedorismo, promoção dos direitos, autonomia e qualidade de vida para todos, a diminuição das desigualdades é fundamental.
Não há dúvidas de que muitas conquistas foram alcançadas nos últimos anos. A diminuição dos níveis de miséria e pobreza, a ampliação do acesso a educação, o aumento do poder de consumo, a lei geral das micro e pequenas empresas e a regulamentação da figura do empreendedor individual trouxeram milhões de brasileiros para um novo patamar de cidadania. Contudo, ainda enfrentamos importantes desafios. Há muito caminho pela frente.
As políticas e modelos de negócios voltados para uma economia verde devem promover as condições para a ampliação do empreendedorismo social, criativo e sustentável. São necessárias medidas inovadoras e integradas para desenvolver empresas e negócios inclusivos, impulsionar a criação de empregos, ampliar a formação e as competência empreendedoras, ampliar o conceito de encadeamento produtivo incorporando os empreendedores individuais nas cadeia de valor, melhorar as medidas e marcos regulatórios dos setores e facilitar o processo de transição.
A base para uma nova economia está nas pessoas, na educação e na garantia de seus direitos e oportunidades. Essa responsabilidade deve ser compartilhada pelos governos, empresas, trabalhadores, sociedade civil, eu e você. Todos podemos contribuir com a melhoria da qualidade de vida, da autonomia e da possibilidade de sonhar e realizar um novo jeito de viver.
A educação deve ser vista como fator fundamental para a promoção dos direitos humanos, do empreendedorismo e para a transformação de um modelo competitivo num modelo colaborativo e solidário, tanto entre as pessoas, como entre elas e as empresas, entre as empresas e as empresas, e entre todos e a natureza respeitando-se os limites do planeta. A educação é a base para a criação de uma nova consciência e cultura com o reconhecimento das responsabilidades consigo, com o outro e com o mundo. Eu acredito nesse futuro e faço parte!

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